O Chega é o perfeito antagonista para Portugal, e Pedro Pinto é um artista no que toca à Oratória.
Fala-se de implementar medidas de incentivo à natalidade e o Pedro Pinto diz que o que é preciso mesmo é matar mais. Desde o secundário que, em Geografia, os professores sublinham a importância de aumentar a taxa de natalidade para ser possível a renovação de gerações, o que me leva a concluir que o Pedro Pinto saltou o secundário, e, mesmo assim, chegou a um assento parlamentar. Isto é, de facto, inspirador.
E vem mais uma vez à mente a brincadeira do oposto: andei a vida toda a ouvir as pessoas mais velhas a dizer “Estuda, se não estudares não vais ter um bom futuro”, e está aqui um homem, que duvido ter acabado o ensino básico, mas que tem uma voz na nossa AR. Impressionante!
Também me ensinaram sempre que era preciso ser bem educado, pois é essa a única forma de vivermos todos em sociedade, e mais uma vez o Deputado do Chega vem provar o contrário, porque trata o Presidente da AR como se fosse um empregado da tasca mais rasca que se possa imaginar. É que nem numa tasca uma pessoa minimamente decente estala os dedos para chamar o empregado, mas na solene AR o Pedrinho acha por bem fazê-lo.
É uma tremenda falta de trato social, a formação deste Deputado deve ter sido de facto precária, e assumo que os pais não lhe deram a educação, que todos nós recebemos, do mínimo necessário para viver em comunidade. Eu acho que reforçar as boas maneiras durante a infância de uma criança é fulcral para que se torne num bom adulto. Já Pedro Pinto diria: “isso é falta de porrada, uns cachaços nunca fizeram mal a ninguém”.
O que é verdadeiramente assustador é este “senhor” ser o braço direito de um líder parlamentar, cujo partido tem 50 assentos na assembleia. Partido esse que tem vindo a crescer e a ganhar cada vez mais influência dada por pessoas que apenas posso assumir serem como Pedro Pinto.
O Chega tem a mania de juntar certas etnias e tentar expulsá-las do nosso país. O que eu proponho era eles juntarem-se com os seus apoiantes e irem todos para o pardieiro de onde veio Pedro Pinto. Fecha-se o pardieiro, e pode ser que assim o país fique “mais em ordem”.
Gonçalo Guilherme
Departamento Crónicas
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