“Capa negra de saudade”: À conversa com finalistas
- Martinha Carneiro
- há 3 dias
- 12 min de leitura
Através de uma rápida pesquisa, o Google define a expressão sofrer por antecipação do seguinte modo: “antecipar o sofrimento de eventos futuros, mesmo antes de eles ocorrerem”.
Este é um sentimento muito familiar para mim. Desde o primeiro momento em que entrei na FDUP, penso no inevitável fim- no primeiro dia já temia o último. Este medo vem de fininho, umas vezes estou sentada no auditório calmamente, e o pensamento surge tão bruscamente que chego a arrepiar; noutras alturas, estou na fila do bar a implorar que ela ande mais rápido; outras vezes, estou a rir com amigos no corredor, e lá vem uma vozinha cruel relembrar que isto tudo é meu apenas por breves momentos. Vivo assombrada pela noção da momentaneidade desta fase da minha vida, da aproximação rápida do futuro.
Tendo isto em conta, talvez este artigo seja uma forma de apaziguar os meus próprios medos, tanto quanto é uma forma de honrar os finalistas deste ano. Espero que se sintam, através dele, de algum modo imortalizados, que saibam que o eco dos seus risos, o sal das suas lágrimas, tudo o que deram à FDUP, perdurará mesmo quando a deixarem para trás. As memórias são eternas.
Gostaria de ter entrevistado mais estudantes, mas isso não seria logisticamente possível, portanto, espero que, de algum modo, todos possam ver algo de si nos contributos que reuni.
A primeira questão colocada foi: Qual foi a vossa memória favorita dos anos que passaram na FDUP?
Isabel Lobo
“Não é uma memória particular da FDUP, mas de uma doce experiência que tive a oportunidade de viver graças à FDUP, no meu Erasmus em Budapeste.
Era já por volta da meia-noite, escuro como breu, e estava a ser levada pela mão colina acima na Gellert Hill, em Budapeste. O meu parceiro da altura tinha já conhecimento dos meandros da colina por fazer expedições noturnas (e ilegais) com os seus amigos de intercâmbio. Já no topo, na Liberty Statue, mostrou-me uma abertura lateral apenas escondida por uma barreira que facilmente ultrapassamos, e mostrou-me um grande socalco de pedra na lateral da enorme estátua, perfeitamente espaçoso para nos sentarmos com as pernas estendidas para um precipício vertiginoso, mas igualmente com a vista mais estonteante de Budapeste. Passamos três horas de kispo vestido, no meio do vento assobiante do inverno húngaro, a falar de tudo e de nada, a beber vinho de supermercado em copos de plástico e a fumar cigarros, sempre de olhos postos na nossa cidade.
Estávamos já com data de expiração marcada: os nossos bilhetes de avião comprados, e partiam para lados diferentes da Europa. Havia uma concordância não verbalizada que aquela destroçante cidade deixaria de ser nossa numas breves duas semanas, e que com ela, ficaria a nossa relação.
Esta memória permanece até hoje como a derradeira despedida da Isabel que tive a honra de conhecer naqueles breves meses, do desapego das ânsias da vida real, da brecha na qual entrevi o que poderia ter sido uma das minhas milhares de vidas paralelas.”
Margarida Silva
“Se só pudesse escolher uma memória que me tenha marcado ao longo destes 4 anos, se calhar escolheria o dia do meu primeiro jantar na aefdup. Não só porque, não tinha a mais pálida ideia (ainda) do compromisso que tinha nas mãos (e acho caricato olhar para trás e lembrar-me desse tempo); mas porque tinha dado um grande passo para a luta diária que tenho comigo mesma. Nunca fui especialmente extrovertida, e sempre tive alguma dificuldade em estabelecer relações sociais e emocionais. Ter assumido o compromisso de ser dirigente associativa mudou, completamente, a forma como me encaro a mim e como encaro a minha relação com os outros. Agora, ainda que não seja tudo perfeito, é muito mais fácil.”
Matilde Vieito
“As melhores memórias que tenho destes quatro anos foram, sem dúvida, vividas no associativismo, especialmente na Praxe, onde aprendi o verdadeiro significado de “casa”.
Ser aluna deslocada tem um impacto significativo na vida de qualquer jovem de 18 anos, que pela primeira vez, deixa o seu ninho e o conforto familiar. A adaptação a uma nova realidade, a novas pessoas e a um novo ambiente é desafiadora. Quando me diziam que estes seriam os melhores anos da minha vida, eu duvidava, até porque fui muito feliz na minha infância. No entanto, se pudesse viver tudo novamente, não pensaria duas vezes. Foi aqui que me descobri, cresci e vivi momentos que jamais esquecerei. Vou sempre ser grata por ter tido a oportunidade de viver tudo o que vivi durante estes anos.
Lembro-me como se fosse ontem da primeira vez que entrei no hall da FDUP para a tradicional Serenata de Direito — na altura, para mim, era a Serenata da Casa. Até ali, nunca tinha sentido que fazia realmente parte de algo desde que cheguei ao Porto. Não entendia bem o que estava a fazer ali, nem o motivo de tanta gente falar sobre "isto vale a pena".
Ver a escadaria iluminada pelas velas foi algo surreal, parecia uma realidade paralela. O ambiente criado durante a atuação do Grupo de Fados de Direito foi simplesmente abismal.
Ver os meus finalistas abraçados uns aos outros, a chorar, com o meu ano ao lado e aquele espaço tão familiar, agora abarrotado de capas negras, todos unidos por uma só razão, foi avassalador.
Se há algo que um praxista sente de forma única, é a sua própria serenata. Ninguém vive aquele momento com tanta intensidade quanto nós. É o culminar da saudade, do peso e do orgulho de pertencer e de seguir o nosso próprio caminho.
Até hoje, sou fã de serenatas e faço questão de estar presente em todas. Porém, se antes a minha memória favorita foi a experiência de caloira, hoje posso dizer que a minha preferida foi entrar no mesmo espaço, mas como finalista. Se antes chorava e sorria por empatia, mesmo sem compreender completamente o motivo, agora fui eu quem sentiu na pele.
De facto, não partimos sozinhos para a solidão, como diz a balada. Levamos connosco as memórias e as pessoas que fazem parte da nossa jornada.”
Beatriz Morgado
“Correndo o risco de ser sentimental, atrevo-me a dizer que o ensinamento mais valioso que trago comigo gira em torno do FEMfdup, o grupo do meu coração, a que devo tudo o que sou hoje, enquanto mulher, enquanto (pré) jurista e enquanto feminista. Deu-me mais do que eu alguma vez acreditei ser possível de um grupo académico universitário - e tal só foi possível graças às companheiras que vieram antes de mim, e graças àquelas ao lado de quem lutei nesta jornada de quatro anos. Tenho a sorte de me poder erguer nos ombros das gigantes mulheres que me precederam e que desbravaram o inóspito terreno da FDUP, no que toca à defesa dos direitos humanos das mulheres e raparigas. O FEM ensinou-me o valor do companheirismo, da camaradagem e da importância dos espaços femininos, que, repletos de amizade e apoio, demonstraram que era possível (e urgente) viver uma vida académica descentrada da experiência masculina e que o academismo enquanto espírito poderia ser muito mais do que aquilo que me fora inicialmente apresentado. A FDUP é mais rica pelos grupos académicos que nela florescem e as lutas que são planeadas dentro das paredes da nossa casa amarela. Eis a lição mais valiosa que aprendi, que transformo em conselho para aquelas e aqueles que lerem estas palavras: aventurem-se, juntem-se aos grupos, aprofundem os vossos interesses, porque podem acabar por descobrir um trajeto e uma paixão de vida - e nunca subestimem o valor do movimento feminista universitário, é onde a vida começa. “
A segunda questão foi: Qual foi a maior lição que aprendeste graças à FDUP?
Isabel Lobo
“Resiliência e Perseverança. As épocas de exames desgastavam-me particularmente e, nos momentos mais desesperantes, comecei a desenvolver estratégias mirabolantes para conseguir aguentar aqueles meses infinitos. Mas nem assim- todas as notas me pareciam injustas, nunca nenhuma refletia verdadeiramente o meu valor. A FDUP estava sempre contra mim – e, no entanto, lá permanecia imóvel o edifício amarelo, impávido perante o meu sofrimento. A sua grande indiferença indignava-me.
Acho que é verdadeiramente isso a que agora agradeço à FDUP. A sua passividade, invés de me vergar, indignou-me e obrigou-me a provar-lhe (e a mim própria) o contrário. Eu sou excelente e sou digna de reconhecimento, repetia eu na minha cabeça, uma e outra vez. A FDUP foi a minha quimera – tanto foi que, quando agora consegui o reconhecimento dos meus esforços e do meu percurso académico para além da Rua dos Bragas, pareceu-me inacreditável. Por seres a minha maior crítica, e por me dares um banho de humildade, obrigada FDUP. O resto da minha vida será agora muito mais fácil - digo-o com gratidão genuína.”
Margarida Silva
“Aprendi que uma casa é muito mais do que 4 paredes e um teto e que, mesmo que não haja paredes nem teto, uma casa pode continuar de pé. Quando um conjunto de diferentes pessoas, com diferentes visões e diferentes trajetórias partilham um bocadinho de um mesmo céu estrelado, no meio da loucura que é uma licenciatura, então aí, nasce uma casa. No meio de um número infindável de avaliações e de minis bebidas, no meio do caos de uma queima das fitas e de uma época de exames, nasce uma casa: são as pessoas que caminham ao teu lado e que queres manter por perto nas situações quotidianas mais contraditórias possíveis. Para o bom e para o mau, estar em casa no meio do nada, é a melhor sensação que pode existir. “
Matilde Vieito
“Esta é uma pergunta difícil, especialmente porque estes anos são fundamentais para a nossa formação e para o autoconhecimento. Contudo, a maior lição que aprendi, e que ainda carrego, é aprender a respeitar o tempo de cada coisa.
Quando somos crianças, queremos ser adultos. Quando somos adultos, ansiamos entrar no mercado de trabalho. Quando trabalhamos, sonhamos com a reforma, e por aí vai. Vivemos a vida a desejar a próxima fase em vez de aproveitarmos o que está diante de nós. Quando entrei para a FDUP, estava sempre ansiosa pelo próximo passo, queria saber tudo, até mais do que devia.
A maior lição que recebi, e que tento passar a quem chega agora, é: não tentem saber mais do que o que é suposto. A parte mais interessante da vida é a mística de viver o imprevisível. Não digo isso de ânimo leve, pois quem me conhece sabe o quanto sou controladora e perfeccionista, mas, às vezes, a experiência só pode ser vivida de forma plena se confiarmos no desconhecido. Não vale a pena tentar antecipar tudo por um prazer momentâneo, quando o que realmente torna tudo mais intenso e impactante é o fator surpresa.
Por isso, a maior lição que levo comigo e que desejo passar é: vivam estes anos no desconhecido. As coisas realmente têm mais graça quando são reveladas no tempo certo.”
Beatriz Morgado
“Arriscando-me a ser repetitiva, acho mesmo que a memória mais valiosa que trago comigo foi a da concentração que o FEMfdup convocou, em colaboração com outros grupos feministas universitários, em solidariedade com as vítimas-sobreviventes de violência sexual na FEUP. O sentimento de ver uma multidão de mulheres, algumas colegas de Faculdade, outras amigas, outras desconhecidas, mas todas companheiras de luta, a gritar em uníssono pela defesa incansável dos nossos direitos, provocou-me um sentimento que não consigo verbalizar - antes sobem-me as lágrimas aos olhos. Guardo comigo os gritos por justiça, os abraços sentidos que trocámos e os punhos cerrados que erguemos juntas. Recordo com especial carinho as palavras reivindicativas da minha companheira de todas as lutas, Sofia Amado, sem quem o FEMfdup não faria sentido.
Este momento tornou realidade as palavras de ordem que muito ouvimos em manifestações feministas - mexeu com uma, mexeu com todas.”
A terceira e última questão foi a seguinte: Do que vão ter mais saudades?
Isabel Lobo
“Como é óbvio, do companheirismo e da amizade. De todos os meus amigos da universidade, de aumentar as alegrias e diminuir as tristezas quando partilhadas com pessoas que gostam de ti e de quem gostas de volta. De respeitarem o meu percurso enquanto construíam o seu próprio, de haver admiração mútua e de serem um ombro amigo nos meus momentos mais desesperantes. Das festas universitárias, a que ia religiosamente, quando ainda tudo era entusiasmante, das pessoas que viram algo em mim antes de eu o ver em mim própria, do associativismo. Dos meus amigos de Erasmus, por presenciarem o período mais cool e mais feliz da minha vida, e ainda dos meus amigos da “vida”, que me acompanham desde Braga, para o Porto, e me irão acompanhar num lugar diferente no futuro. “Why wasn’t friendship as good as a relationship? Why wasn’t even better? It was two people who remained together, day after day, bound not by sex or physical attraction or money or children or property, but only the shared agreement to keep going, the mutual dedication to a union that could never be codified.” (A Little Life).”
Margarida Silva
“Das pessoas. Das minhas pessoas, que traçaram esta jornada comigo desde o dia 1, ou daquelas que se foram juntando ao longo do caminho. Sou como uma grande parede de azulejos, onde cada azulejo é um bocadinho de cada pessoa a quem me dei, de cada pessoa que me moldou e que teve impacto em mim. Uso sempre meias com bonecos, porque me disseram que me tornava única; não ponho açúcar no café porque um amigo meu me disse que consumia menos 5 quilos de açúcar por ano; e nunca piso os brancos da passadeira por uma brincadeira que começou no meu ano de caloira. Não se podia (nunca) olhar para o quadro final, sem analisar, ao pormenor, cada uma das pequenas partes que a constituem. Onde quer que eu vá, levo ( para sempre) um bocadinho de cada uma delas comigo.”
Matilde Vieito
“ Poderia ser clichê e dizer as pessoas, mas isso é algo comum a todos que passaram por aqui. Por isso, vou fugir à resposta óbvia e dizer que terei saudades do “meu lugar”.
É uma questão de hábitos: tens a tua rotina, as tuas responsabilidades, o teu meio social, tudo gira à volta disso. Quase como um puzzle: no início, ficas confuso e frustrado porque as peças parecem tantas e é difícil encaixá-las. Mas, à medida que vais juntando algumas, a imagem começa a fazer sentido. Quando finalmente falta apenas a última peça, sentes um orgulho imenso. Mas, ao mesmo tempo, é quando o jogo termina e surge o vazio do “e agora, o que faço?”.
Todos nós vivemos essa transição. O final é sempre agridoce: o doce da vitória por teres completado o puzzle e o amargo de não saber o que vem a seguir. É difícil desprendermo-nos da realidade que conhecemos e da qual nos habituamos. Já nos sentimos confortáveis, necessários, e acreditamos que sem nós, nada aconteceria como deveria.
Por isso, o que mais me vai trazer saudades é essa sensação de estar ainda a fazer o puzzle de ser estudante. Depois de completar a etapa, a euforia desvanece, mas a saudade do que se construiu permanece.”
Beatriz Morgado
“Quando li esta questão, soube que não ia conseguir ficar pelo singular, sendo que são várias as coisas que me provocarão saudades. Diz-se que nunca se é tão livre como nos tempos de faculdade e, à medida que o final se vai aproximando, temo que o dizer de que sempre desdenhei seja verídico. Vou sentir saudades das amizades que cultivei, que espero carregar para a vida - especialmente as minhas amizades femininas, que são a força que me faz continuar, sem as quais estaria perdida. Sentirei saudades dos grupos que integrei, nomeadamente a AEFDUP, por me ter ensinado o que é ser uma dirigente associativa, com a integridade e seriedade que só posso imputar à Marta, a minha querida amiga, cuja liderança elevou a AEFDUP para um campo de inigualável sucesso e exemplo para todas as Associações de Estudantes pelo país fora. Sentirei saudades dos artigos que escrevi para o Jornal Tribuna, onde ficará agora este testemunho, inclusive das pestanas que queimei em frente ao computador, para conseguir continuar o legado de jornalismo de qualidade que o Tribuna avança. Recordarei com saudade os meus anos na ELSA U.Porto, ávida promotora da Responsabilidade Social e Direitos Humanos no seio da FDUP, que tanto me ensinou. Por fim, correndo o risco de me repetir, mais uma vez, o FEMfdup terá sempre um lugar no meu coração, como grupo que tudo me deu e só posso esperar que lhe tenha devolvido uma pequena parte desse tesouro durante a minha presidência: FEMfdup, serás sempre a casa que levo comigo.”
Para terminar, foi dada a liberdade para que acrescentassem considerações finais:
Isabel Lobo
“Há uma piada corrente entre os meus amigos finalistas, quando olhamos para os agora caloiros, que a pele deles ainda tem elasticidade e o brilho no olhar ainda existe. Não está muito longe da verdade: já acuso o cansaço da maratona, os derradeiros meses finais são quase vividos em auto-piloto. A lista de afazeres: preparar a task force para assinar as nossas fitas, fazer as candidaturas a mestrado, sofrer por antecipação com a possibilidade horribilis de chumbar na última época de exames e ficar adiado o momento da derradeira libertação.
No primeiro ano, somos uma indefinição, e por isso todos queremos ser muitas coisas. No segundo ano, com as vergastadas da vida, igualmente o espírito começa a descansar, por as coisas finalmente se começarem a encarrilar (a bem ou a mal, vai acontecer, prometo!). No terceiro ano, depois de atingir o que me pareceu os píncaros do êxtase e alegria de viver, o processo angustiante de reaprender a viver a vida normal, que me exigia abandonar a minha vida húngara para trás. No quarto ano, encarar a minha licenciatura com um profundo ascetismo, com prioridades impreteríveis que me exigiam.
Qual destas versões verdadeiramente reflete o meu espírito, é a questão que me persegue. Com 18 anos sabia tudo, com 22 anos desaprendi tudo o que achava que sabia sobre mim própria. Quando é que vou saber, parece-me que nunca. Resta-me o descanso de saber que, independentemente da versão que imperar para o futuro, será uma Isabel que viu a Beyoncé (10/06/2025 em Londres!).”
Matilde Vieito
“Para todos os que chegam agora, deixo um conselho: vivam a faculdade para além das aulas, porque ser apenas mais um aluno nunca será suficiente. Mergulhem na experiência, envolvam-se no associativismo, conheçam novas pessoas e façam parte de algo maior. Ser estudante é muito mais do que estudar, é uma vivência única que molda quem somos. Mas, nunca se esqueçam: os estudos são a base que dá sentido a tudo o resto. Encontrem o equilíbrio, aproveitem cada momento e, acima de tudo, tracem o vosso caminho. Não há nada mais valioso do que viver intensamente este capítulo da vossa vida.”
Por fim, gostaria de desejar muitas felicidades a todos os finalistas, o mundo é vosso e espero que consigam moldá-lo de acordo com os vossos sonhos, levem as memórias boas e deixem ir os ressentimentos, a casa amarela é vossa para sempre e como cantou o Sérgio Godinho, este é o primeiro dia do resto da vossa vida, aproveitem-na.
Martinha Carneiro
Departamento Mundo Universitário
コメント