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Foto do escritorGuilherme Alexandre

Cimeira Atlântica do Associativismo e Juventude

Após sete Cimeiras Regionais e cinco Cimeiras do Futuro por todo o território nacional desde 2018, cerca de 200 dirigentes associativos de todo o país reuniram-se no Funchal para discutir, durante três dias, políticas de juventude, acompanhados de técnicos da juventude e decisores políticos.


Assim foi por ocasião da Cimeira Atlântica do Associativismo e Juventude, organizada pela Federação Nacional de Associações Juvenis (FNAJ), presidida por Tiago Rego, em cooperação próxima com o Governo Regional da Madeira, na pessoa do Secretário Regional Jorge Carvalho.

Entre os convidados, destacam-se o comediante Diogo Faro, a jornalista Diana Duarte, além da presidente da European Confederation of Youth Clubs e João Paulo Rebelo, Secretário de Estado da Juventude e do Desporto.


Diogo Faro elaborou, em tom juvenil mas sério, sobre alguns dos maiores problemas que afetam e são afetados pela juventude: a crise climática, a crescente desigualdade de riqueza e fracas condições do mercado de trabalho, os erros de desperdício, poluição e obsolescência programada proporcionados pelo capitalismo desmedido.


Diana Duarte, ciente do quão dependentes são as novas gerações das tecnologias e espaços online, ocupou-se dos mecanismos que geram e perpetuam essa dependência. Explicou como podemos proteger-nos disso mas também de como podemos aproveitar estes espaços de forma saudável, desmistificando alguns receios face à terapia. Se o presente é online, então mais ainda será o futuro, e defende que os meios de comunicação precisam de se adaptar rapidamente aos novos formatos, como faz no seu programa «A Minha Geração».


Mas o palco também foi dos jovens! Destaca-se a defesa em simulação de Assembleia dos 25 Objetivos da Juventude, pelos próprios jovens, escutados pelos decisores políticos presentes. Na defesa do Objetivo 16 da Juventude: uma transição ecológica, digital e inclusiva da nossa sociedade, economia e Estado, tive o prazer de colaborar com uma jovem madeirense de 15 anos, Catarina Pereira, que pretende criar uma Associação de Estudantes na sua Escola. Surgiu, em discussão com o nosso grupo, a proposta de sujeitar benefícios ou agravamentos fiscais em sede de IRC ao cumprimento de certos objetivos de redução de externalidades ecológicas de cada empresa.


Conseguiu-se um equilíbrio importantíssimo entre discussão e coordenação de projetos e o convívio entre jovens de todos os distritos e Regiões Autónomas do país, sendo assim atrativo e acessível para todos, promovendo a coesão territorial e valorização da Região Autónoma que serviu de palco ao evento.


Mais do que confirmar, através de ferramentas digitais, os princípios fundamentais dos quais bebem os planos de juventude de âmbito local, regional e nacional, a dinâmica de assembleia permitiu aos decisores políticos ouvir propostas concretas para cada um dos objetivos da Juventude, diretamente vindas dos jovens.


Os jovens provaram não estar calados e ter vontade de lutar pelo seu futuro, e os autarcas e governantes provaram que não estamos sozinhos nesta luta. No futuro, espera-se um aprofundamento desta intervenção e cooperação dos jovens e agentes políticos do poder local, regional e nacional.


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