O partido “LIVRE” surgiu em 2013, resultado do Manifesto Para uma Esquerda Livre, subscrito por milhares de portugueses. Pauta-se pelo Universalismo, Ecologia, Socialismo, Solidariedade, Igualdade, Europeísmo.
Onde se difere dos restantes partidos portugueses de esquerda?
Desde logo, a organização interna do Partido “Livre” com o método de seleção dos seus candidatos às eleições segue o formato de primárias abertas. Desta forma, todo e qualquer eleitor que se reveja com os princípios do Partido poderá votar, ao contrário do método mais usual seguido pelos restantes partidos portugueses, em que apenas os militantes do partido são autorizados votar. Não tem liderança uninominal e funciona horizontalmente.
Mais, o combate à crise ecológica é uma das grandes pautas do Partido, que conjuga com o combate à desigualdade social, onde pretende promover um desenvolvimento sustentável, numa sociedade organizada, que tenha em conta o “bem-estar, a realização, a saúde e a felicidade da geração atual e das gerações futuras.” (programa eleitoral 2022).
O que propõe o Partido “LIVRE” para as legislativas de 2022?
No âmbito do combate à crise ecológica defende um Novo Pacto Verde; Aumentar as fontes de receitas do Estado e fomentar a redistribuição; Assegurar a justa taxação das grandes empresas tecnológicas e digitais; Combater os paraísos fiscais; Assegurar o Estatuto para os Bens Públicos, a nível nacional e europeu; Separar a banca comercial da banca de investimento; Promover a banca ética e solidária; Fomentar a economia local; Apoiar o desenvolvimento económico de base social; Diversificar os indicadores de desenvolvimento nacional, passando a incluir indicadores de desenvolvimento sustentável; Trazer o combate às alterações climáticas e a salvaguarda da biodiversidade; Realizar anualmente um debate parlamentar de alto nível sobre o Estado do Ambiente em Portugal; Focar os órgãos de governação na transição do modelo de desenvolvimento a longo prazo; Apoiar o desenvolvimento social e económico do país; Elaborar um Plano Estratégico para a Economia; Garantir que os benefícios fiscais são justos e têm impacto social.
É possível ler mais do Programa Eleitoral 2022 em: https://partidolivre.pt/wp-content/uploads/2021/12/Programa_Eleitoral_2022.pdf
Propõe ainda a abolição das atividades tauromáquicas, como o fim da secção de tauromaquia no Conselho Nacional de Cultura. Pretende, ainda, “proibir a utilização de animais em atividades de entretenimento, sejam estas em meio terrestre, aquático ou aéreo, exceto aquelas atividades que, cumprindo com fins pedagógicos, visam consciencializar os cidadãos quanto ao comportamento natural da espécie”. Na área recreativa propõe a legalização do consumo e venda da canábis, incluindo para uso recreativo.
Rui Tavares, cabeça de lista do Livre para o círculo eleitoral de Lisboa, afirma, numa entrevista com a RTP3, que a perda de confiança com a deputada Joacine Katar Moreira foi um “preço duríssimo” para o partido, mas mostra-se confiante de que o Partido irá eleger dois deputados nas eleições legislativas.
“O Livre vai eleger em 2022, vai estar na Assembleia, vai para ficar, porque traz a Portugal respostas e soluções.”
Mostrou-se, ainda, aberto a apoiar uma maioria absoluta de esquerda para o Parlamento, assinalando que não há garantias que a direita não negociará com a extrema-direita.
Quanto ao Orçamento de Estado, discorda com a posição tomada pelo Bloco de Esquerda e pelo Partido Comunista. Para Rui Tavares, a aprovação era essencial para que o Orçamento fosse discutido na especialidade e chegado a um consenso.
Dia 30 de janeiro, o partido “LIVRE” concorrerá para as eleições legislativas, juntando-se aos restantes partidos, com a esperança de voltar a ter assento parlamentar.
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