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  • Foto do escritorDiogo Lamego

Eleições Legislativas: CDU

A Coligação Democrática Unitária (CDU) une o Partido Comunista Português (PCP), de orientação marxista-leninista, com o Partido Ecologista “Os Verdes” (PEV), que se enquadra no campo da ecologia e do anticapitalismo.


O representante da CDU, que se apresenta nos debates eleitorais, é  Paulo Raimundo, secretário-geral do PCP. Possui uma longa experiência política, no campo da organização estratégica dos momentos eleitorais da CDU, bem como nos organismos dirigentes do PCP. Ademais, o seu currículo conta com o facto de ter sido animador sócio-cultural da Associação Cristã da Mocidade (ACM), o que lhe permitiu ver, pelos seus próprios olhos, a desigualdade e injustiça social, que, hoje, jura combater.


No programa eleitoral da CDU consta um conjunto de 30 medidas prioritárias, que servirão para “garantir a Portugal um futuro”. Pois bem, as medidas suprarreferidas não são nada mais, nada menos, que medidas destinadas ao combate da precariedade, dos salários e pensões baixas, ao desmantelamento do Serviço Nacional de Saúde (SNS), à crise da habitação, à desgraça vivida na cultura, entre outros campos que, posteriormente, irei expor e analisar.


No campo dos salários, no setor público e no setor privado, a CDU defende:

  • Aumento geral, no mínimo de 15% e não inferior a 150€;

  • Valorização das carreiras dos profissionais;

  • Aumento significativo do salário, em convergência com zona euro;

  • Salário Mínimo Nacional (SMN) em 1000€ em 2024, em convergência com zona euro.


No que toca ao campo do Direito Laboral e condições de trabalho, a CDU defende:

  • Fim da caducidade da contratação coletiva;

  • Reposição do princípio do tratamento mais favorável do trabalhador;

  • Redução do horário de trabalho para 35 horas;

  • Combate à desregulação de horários e compensação e limitação do trabalho por turnos e laboração contínua;

  • Garantia que, a um posto de trabalho permanente, corresponda um contrato efetivo;

  • Redução do período experimental;


No campo das pensões, a CDU defende:

  • Aumento extraordinário das reformas em 2024:

  • 7,5% de aumento, mínimo de 70€ e efeitos retroativos a janeiro; valorização (acima da inflação) ao longo da legislatura.

  • Reforma sem penalizações com 40 anos de descontos;

  • Repor idade da reforma aos 65 anos;


No campo das prestações, mais concretamente, na prestação social de inclusão, a CDU defende:

  • Aumento em 70 euros/mês;

  • Pagamento a 14 meses;

  • Alargamento das condições de acesso.


No que toca ao SNS, a CDU defende:

  • Reverter para o SNS financiamento que vai para os grupos privados;

  • Aumento do número de médicos e de enfermeiros no SNS:

  • Dedicação exclusiva no SNS;

  • + 50% da remuneração;

  • + 25% na contagem do tempo de serviço.


No campo da carreira dos docentes, a CDU defende:

  • Contagem integral do tempo de serviço vinculação após três anos de ensino dos professores;


No campo da carreira dos profissionais das forças de segurança:

  • Aumento do valor do subsídio de risco para as forças de segurança.


No setor da habitação, a CDU defende:

  • Programa de oferta pública de habitação;

  • Investimento médio anual em 1% do PIB;

  • Disponibilização de 50 mil novas habitações durante a legislatura.

  • Proteção da habitação própria com os bancos a suportar a subida das taxas;

  • Proteção de habitação arrendada;

  • Regulação e redução do valor das rendas;

  • Revogação da lei dos despejos;

  • Estabilidade no arrendamento - contratos de 10 anos;

  • Fim do regime dos residentes não habituais.


No campo do preço dos passes dos transportes públicos, a CDU defende:

  • Redução do preço do passe intermodal nos transportes públicos

  • Metropolitano/regional 20€

  • Interregional 40€


No campo da família e do sistema de educação, a CDU defende:

  • Rede pública de creches gratuitas (integradas no sistema educativo);

  • Criação de 100 mil novas vagas até 2028

  • Garantia de pré-escolar;

  • Universalização e valorização do abono de família;

  • Fim das propinas no ensino superior e reforço da Ação Social Escolar, designadamente no reforço de residências estudantis


No campo da cultura, a CDU defende:

  • Atribuição de 1% do orçamento para a cultura.


No setor do apoio à produção nacional (agricultura, pescas, indústrias), PME’s e âmbitos tributários, a CDU defende:

  • Intervenção do Estado na regulação dos preços e redução dos custos com combustíveis, eletricidade, comunicações, seguros, crédito e portagens;

  • IVA: redução para 6% na eletricidade, gás e telecomunicações;

  • Baixar o IRS a quem trabalha;

  • Fixar 10 escalões: alívio fiscal nos 3 primeiros;

  • Atualizar valor da dedução específica.

  • IRC: fim dos benefícios fiscais dados ao grande capital:

  • Taxação extraordinária dos lucros da banca, energia e grande distribuição;

  • Fim das Parcerias Público Privadas (rodovia; ferrovia; saúde);

  • Defesa de uma política pública centralizada na defesa do setor hídrico, com:

  • Programa de investimentos para captação, armazenamento, transporte e eficiência na utilização da água.


No setor da aviação e aeroportuário, a CDU defende:

  • Travar a privatização da TAP e apostar na sua estratégia nacional;

  • Construir o novo aeroporto no Campo de Tiro Alcochete e instaurar uma Comissão de Inquérito à privatização da ANA Aeroportos.


No campo das políticas do interior, uma das 30 medidas prioritárias é o aumento do investimento em políticas de coesão nacional. 


No campo das infraestruturas rodoviárias, uma das medidas apresentadas é o fim das portagens nas Ex-SCUTs. 


Entre o eleitorado, já declaram o seu voto na CDU os seguintes apoiantes:

  1. José Goulão, jornalista;

  2. Catarina Moura, cantora;

  3. Rodrigo Francisco, diretor artística da Companhia de Teatro de Almada;

  4. Rita Lello, atriz;

  5. Maria João Luís, atriz;

  6. Álvaro Siza Vieira, arquiteto;

  7. Francisco Simões, escultor;

  8. Helena Zuber, economista;

  9. Paulo Coimbra, economista;

  10. Manuel Loff, historiador, professor e investigador;

  11. Ana Isabel Strindberg, programador de cinema;

  12. Toy, cantor;

  13. José Luís Borges Coelho, maestro;

  14. João Monge, letrista;


Se desejar saber mais sobre o programa eleitoral da CDU, aconselha-se a sua leitura, disponível no site oficial da CDU.


Diogo Lamego

Departamento Sociedade







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