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Foto do escritorDiana Reis

ERASMUS+: a experiência que todos os estudantes deveriam viver!

Olá! Sou a Diana Reis e frequento o 3º ano da Licenciatura em Direito na Faculdade de Direito da Universidade do Porto (FDUP). Durante 3 meses estudei na Universidade Sapienza, em Roma, através do programa ERASMUS+.


Se tivesse de definir a minha experiência em 2 palavras, estas seriam: desafiante e inesquecível (eu sei, é clichê mas, é realmente, verdade), porém seria demasiado redutor e pareceu-me boa ideia escrever este artigo.


Se dissesse que foi uma decisão fácil, estaria a mentir.


Pensei muito sobre se deveria e se queria mesmo participar neste projeto e, as variáveis que entraram nesta equação foram várias desde: se seria capaz de concluir as disciplinas sem prejudicar o meu percurso na FDUP; se o facto de as aulas e avaliações serem feitas em italiano me iria atrapalhar até ao facto de ser uma estudante com deficiência e não ter quaisquer referências de outros estudantes com deficiência que tivessem participado e com quem pudesse conversar para saber como foram recebidos e se as condições de acessibilidade (sobretudo, atitudinal) seriam garantidas.


Por outro lado, a minha vontade de viver novas experiências, ter a possibilidade de enriquecer o meu percurso académico, adquirir novas competências a nível pessoal (que eu sabia que se refletiriam nas minhas competências enquanto profissional), falou mais alto e, em setembro, iniciei esta jornada.


Na Universidade Sapienza as aulas para os estudantes de mobilidade também são lecionadas em italiano e as avaliações são orais e têm de ser realizadas também em em italiano.


Assim, antes de iniciar a mobilidade frequentei um curso de nível A1 de italiano para começar a familiarizar-me com a língua. Além deste, a própria faculdade fornece cursos gratuitos de italiano para estudantes ERASMUS+ durante o período de mobilidade.

Na minha opinião, não é uma língua difícil de aprender e, a par das aulas do curso, é muito importante frequentar as aulas das unidades curriculares para entender os termos próprios do Direito italiano, procurar praticar com outros estudantes italianos e na rua com as pessoas com quem se convive no quotidiano (aproveitem as idas ao supermercado, ao café, ao quiosque para comprar o jornal local...), mergulhem na cultura no local, procurem conhecer pratos típicos, ouçam as histórias que têm para vos contar.


O método de ensino é semelhante ao método adotado pela FDUP, os professores são muito compreensivos e atentos aos estudantes em mobilidade, apresentaram-se sempre disponíveis para responder a todas as nossas dúvidas, incluindo dúvidas práticas. Não foi fácil acompanhar a matéria, as aulas e fazer a avaliação em dezembro, mas com organização e empenho é possível!


Arrisco-me a dizer que onde mais aprendi foi fora da faculdade, aprendi a organizar o meu tempo, a estabelecer as minhas prioridades e desenvolvi competências linguísticas. Conheci estudantes de vários países da Europa com quem mantive contacto e as melhores conversas eram sempre sobre as nossas diferenças culturais, a partilha do que de bom havia nos nossos países, partilhamos sonhos e partilhamos as razões pelas quais cada um estava ali e, acreditem, nenhuma delas era igual.


Conhecer tantas coisas e pessoas novas permite abrir horizontes, ser mais empático, ser mais aberto à diversidade, não ter medo de viver novas experiências... em poucas palavras, faz-nos crescer.


Não posso terminar sem deixar um tributo ao país que me recebeu, Itália.


Que maravilha de país. Em cada uma das cidades que visitei encontrei História, cultura, arte, gastronomia, artesanato.


Desde o David de Michelangelo em Florença ao Quartiere Spagnolo em Nápoles, passando pelos frescos da Capela Sistina, (e pasta...muita pasta) não faltou, absolutamente, nada.


Precisaria de várias páginas para vos contar tudo o que vi e aprendi e, ainda assim, não seria suficiente.


Termino este artigo com a esperança de ter deixado em quem o leu a vontade de participar no programa ou pelo menos de conhecer um pouco mais do que se trata.


É muito importante valorizar esta iniciativa da União Europeia que permite não só a aproximação entre os cidadãos europeus, como também permite aos estudantes viver experiências e adquirir conhecimentos que, de outra forma, não seria fácil conseguir.



Diana Reis

Mundo Universitário


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