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Foto do escritorAna Luísa Casseb

HeForShe FDUP


Como foi que o HeForShe chegou à FDUP?


O HeForShe chegou à FDUP em abril de 2020, depois de ser discutido durante muito tempo, entre estudantes da Faculdade, quanto à necessidade dele existir. O facto de ter sido pouco antes do contexto COVID-19 se agravar em Portugal, fez-nos perceber que ainda havia muito que um movimento de solidariedade internacional pudesse fazer no seio das diferentes comunidades académicas, promovendo os seus valores e princípios.



Considerando o número de grupos académicos que estão presentes na FDUP, qual é a importância deste em particular? Por que é que os estudantes devem juntar-se a vocês?


Os grupos académicos não se excluem. Cada um tem a sua missão e tem estabelecido aquilo que defende e o HeForShe não será diferente. É um grupo que se rege pelo respeito e pela luta pela igualdade de género, através da solidariedade, de campanhas, de ações de sensibilização, de informação. Prezamos muito pela informação, porque acreditamos que a educação para a igualdade de género é a chave para combater as desigualdades, o restante vem por acréscimo. Este núcleo e aquilo que trazemos à comunidade é de importância geral e, no nosso ponto de vista, acrescida para os futuros juristas e criminólogos deste país. É uma luta constante e interseccional.



Quais foram e quais têm sido os desafios concretos de abordar questões de género na comunidade académica da nossa Faculdade?


Como qualquer pretensão feminista, numa sociedade tipicamente patriarcal, não é fácil. A desigualdade está extremamente vincada e intrínseca na sociedade geral e isso reflete-se na comunidade académica. Pode ser observado pelas reações de resistência que obtemos por parte de alguns membros da comunidade, bem como pelas interações entre colegas ou até mesmo professores. É um caminho longo a ser percorrido por nós e por todos aqueles que se identificarem com a nossa causa.



Qual o balanço que fazem acerca das atividades que desenvolvem na Faculdade? Elas têm trazido o impacto que pretendem?


Cada dinâmica do núcleo tem por base o mesmo objetivo de consciencialização. Dado que o espectro do feminismo é tão alargado, notamos que há diferentes plateias para os diferentes assuntos que abordamos, embora tentemos sempre fazer uma ponte e uma conexão com os dois cursos da nossa faculdade, não nos limitando apenas a eles, claro.

Os eventos e mesmo as publicações informativas têm tido um excelente feedback e um alcance cada vez maior. O sinal disso são as parcerias e o rápido crescimento da página e do movimento, mesmo em tempos mais difíceis. Em suma, o balanço é positivo, mas temos alguns projetos em desenvolvimento que acreditamos que podem vir a contribuir para deixarmos uma marca inequívoca na comunidade.



Como têm gerido as vossas atividades segundo o cenário da Covid-19?

No fundo, não tivemos uma gestão “pré-covid”, portanto tudo o que criamos não foi adaptado, mas sim criado especificamente para funcionar em tempos pandémicos. Fizemos tudo online. Tivemos sempre uma excelente adesão, por isso acredito que será melhor quando forem permitidos os eventos presenciais. Temos muitas ideias e projetos em execução.



Qual o papel que o HeForShe FDUP espera desempenhar em 2021?


O HeForShe FDUP terá sempre uma capacidade adaptativa muito grande. Esforçamo-nos pela novidade, pela dinâmica e criação de muitas atividades, que efetivamente deixem influência naqueles que nos apoiam e que se juntam ao movimento.

Não será tanto um papel, mas mais uma posição. Teremos sempre a posição solidária, de apoio, uma que reforce a necessidade de luta pelos Direitos Humanos. No fundo, pretendemos sempre causar impacto e ajudar a mudar mentalidades, que foi e sempre será o principal objetivo que prosseguimos. Se uma pessoa ler um post ou assistir a um evento nosso e isso a ajudar a pensar de forma diferente, a nossa missão estará a ser cumprida.



Que mensagem gostariam de deixar para a comunidade académica neste momento?


A mensagem que queremos deixar é sempre uma de abertura, de disponibilidade para o apoio que seja necessário. Queremos deixar a nota de que este núcleo fará sempre mais e melhor pelos valores e direitos que são de todas e todos. Estaremos sempre totalmente abertos para colaborar com qualquer grupo ou indivíduo que nos aborde, pois temos uma missão agregadora. Queremos ainda apelar a que se juntem a nós, ainda que informalmente, pela luta que é a nossa: a promoção dos Direitos Humanos. Assim, apelamos a que tentem fazer a diferença, qualquer gesto conta: seja promovendo debates à mesa com os familiares, ou denunciando injustiças como as que todas e todos presenciamos frequentemente, o papel de cada um de nós é crucial para a construção de um futuro melhor, mais justo, mais feminista.




Luísa Casseb


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