Há um ano dizia que o Jornal Tribuna em 2020 foi (e deve ser sempre) impecável, inovador e excecional.
Justificava-o com as máscaras, o álcool gel e os 2 metros de distância a que nos haviam habituado nesse ano, não sabendo (ingénua, talvez, como todos) que mais de meio ano depois continuaria de nariz e boca tapados, com o frasco no bolso e a afastar-me de qualquer pessoa que viesse do lado contrário no passeio.
A verdade é que a adjetivação d’esta Casa também não sofreu alterações negativas em 2021 (modéstia à parte):
temos sido impecáveis, cada vez mais, quantos mais somos e quantos mais pensamos;
temos sido inovadores, não fosse o site (brevemente sem um wixsite.com/fdup, esperamos), a presença nas redes sociais, a cobertura de eventos significativos (mesmo que nos tenham tirado o gosto de o fazer presencialmente) e todos os temas que chegaram a esta Redação neste período letivo, todos distantes uns dos outros mas todos ligados a Criminologia e a Direito, tudo isto, exemplos disso;
temos sido excecionais, porque nenhum outro Jornal académico entrevistou o João Carvalho para a sua edição final, ou colocou citações de músicas do Festival da Canção como divisão de páginas numa edição especial, ou falou (tanto) do Tik Tok.
(Estou a brincar. Permitam-me que retome o tom consideravelmente sério, embora nada prometa em relação à seriedade além da postura que tomarei para nos representar.)
Temos sidos excecionais e esta excecionalidade faz-se de uma equipa diversa, proativa e ciente daquilo que o Direito (no sentido lato) pode ser quando está fora da sua caixinha restritiva de palavras em latim, expressões e conceitos que nos fazem chorar e artigos do Código Civil ou estatísticas que não conseguimos esquecer.
Permitam-me que cite o nosso (nosso, Tribuna) amigo de longa data, que nos deu esta Casa em conjunto com tantos mais, Filipe Gaspar:
“Isto não é uma fábrica de juristas. Nós não andamos aqui a fazer turismo de sala para sala. Nós somos pessoas.”
Pessoas pensantes. Pessoas comunicativas. E que outro espaço, se não o Tribuna, para comunicarmos os melhores e mais elaborados pensamentos?
Para ouvir o que os Estudantes têm a dizer e reivindicar os seus interesses naquele que é um Jornal de Estudantes para Estudantes?
Ensinar, aprender. É isso que sempre fazemos (e faremos) no e pelo Jornal Tribuna.
No próximo ano letivo, queremos continuar a ser um Jornal no qual os Estudantes podem confiar, uma equipa que trabalha para espelhar a comunidade académica em que se insere, mostrar como a Criminologia e o Direito nos ensinam a ver o mundo e como o mundo nos ensina a ver o Direito e a Criminologia, um Jornal cuja presença e imagem cativam e fazem qualquer um voltar aqui – para nos ler.
A todos aqueles a quem o Direito servirá uma vida e o Tribuna servirá uma experiência enriquecedora,
a todos aqueles a que o Tribuna serve uma ambição profissional que podiam ou não ter antes percebido,
a todos aqueles que estão connosco e a todos os que se juntarão a nós,
me dirijo então neste início de ano letivo, enquanto Diretora do nosso mui nobre Jornal Tribuna durante este breve bocado.
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