A Direção do Jornal Tribuna e todos os seus membros manifestam o seu mais profundo pesar pelo falecimento da Dra. Advogada Joana Canas Varandas, aos 39 anos, vítima de doença oncológica. Apesar do cancro em último estágio que lhe foi diagnosticado, esta viu-se obrigada a trabalhar até aos últimos dias, sendo que não beneficiou de baixa médica nem de qualquer apoio à doença da parte da Caixa de Previdência dos Advogados e Solicitadores (CPAS) para a qual descontava, que apenas assegura a reforma destes profissionais. Assim, Joana Varandas esteve impedida de qualquer repouso durante toda a sua doença, que foi seguida ao nascimento do seu filho, pelo que a mesma continuamente lamentava a falta de apoio nas redes sociais, afirmando que não lhe tinham sido reconhecidos os direitos de parentalidade e que teria sido convidada a informar o processo sobre se iria ou não falecer no prazo de cinco dias. Recentemente, a Advogada publicou uma fotografia nas redes sociais em que se mostra a trabalhar, no computador, com dispositivos intravenosos, enquanto realizava um tratamento no Instituto Português de Oncologia (IPO) do Porto. Com efeito, o Jornal Tribuna condena este total abandono e desconsideração pela Dra. Joana Canas Varandas no último ano da sua vida, criticando como um todo a situação de fragilidade em que se encontra a restante classe profissional, a que é negada os direitos de previdência mais básicos.
Beatriz Morgado
redatora do Jornal Tribuna
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