Começo o primeiro Editorial num tom já um pouco nostálgico. O meu cargo enquanto Diretora do Jornal Tribuna começou há umas meras semanas, mas o meu percurso, neste que eu considero o melhor Jornal da Academia, já começou há mais de três anos. Pensar que este será o meu último ano cá, faz-me sentir, inevitavelmente, saudosa.
No ano passado disse que um Jornal deve ser informativo, reivindicativo e fiel aos seus valores. O Jornal Tribuna não falhou nenhum destes pontos, com uma equipa capaz e competente, usamos a voz que o Tribuna nos empresta para divulgar os assuntos que cada redator achou pertinente quanto à ordem do dia, e bem! Um Jornal Universitário deve promover o debate e confronto de ideias, somos cidadãos politizados e conscientes dos problemas que nos rodeiam.
O Tribuna é, por isso, um lugar que promove o espírito crítico, rigor e criatividade, mas é também um Jornal Universitário e, por isso, escrevemos para dar voz àqueles que não a têm na Faculdade; escrevemos para quebrar ciclos de discriminação ao dar igual atenção a todos os problemas dos nossos estudantes; escrevemos para os estudantes cujo trabalho extracurricular merece ser reconhecido nas nossas páginas; e convidamos a escrever todos aqueles cujo sonho era seguir outro percurso académico, encontrando no Tribuna um refúgio à normalidade beta da Casa dos Bragas.
Mas o nosso trabalho não fica por aqui, o ano que começa vem com a esperança de nos superarmos e de conseguirmos entregar mais e melhor à nossa casa.
Isto é o Tribuna, um espaço que acolhe mais do que um gosto pela escrita. Estes valores aprendi-os com a nossa já reformada Mafalda Azevedo (e Matilde Costa!), que muitos não tiveram a oportunidade de conhecer, mas foi com ela que me inspirei em querer também fazer o Tribuna crescer.
Começo, assim, o meu último ano, no meu lugar preferido da rua dos Bragas – no Tribuna.
Aos que cá entraram: leiam!
Aos que comigo vão embora: um obrigada por nos acompanharem todos estes anos!
Beatriz Machado da Costa
Diretora
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