A invasão russa na Ucrânia foi e tem sido motivo de choque, horror e preocupação um pouco por todo o mundo. Foram poucos os que ficaram indiferentes ao sofrimento dos ucranianos obrigados a abandonar as suas casas e as suas famílias para fugir à guerra. Uma onda de solidariedade para com a Ucrânia tem percorrido toda a Europa, não sendo Portugal uma exceção. De norte a sul do país, as doações de alimentos, roupas e medicamentos não param. Os camiões não tardam a encher e logo seguem caminho rumo a Lviv, junto à fronteira com a Polónia. Pelo menos 25 camiões já saíram de Portugal com a ajuda de associações e iniciativas portuguesas. O alerta de ajuda foi dado e os portugueses responderam em força.
A Faculdade de Medicina, através do Núcleo de Responsabilidade e Serviço Social, e a Associação de Estudantes da FMUP (AEFMUP), em conjunto, promoveram uma campanha solidária de recolha de bens em favor da população da Ucrânia, entre os dias 3 e 8 de março. Os membros da comunidade académica recolheram produtos alimentares, de higiene pessoal, material médico, entre outros, com o objetivo de auxiliar as pessoas que se encontram numa situação de especial fragilidade devido ao contexto de guerra.
Entretanto, a Associação de Estudantes de Medicina Dentária (AEFMDUP) e as tunas da FMDUP (Levadas da Broca e Dentuna) promoveram uma recolha de bens para apoio de refugiados na Polónia. Também a Faculdade de Engenharia (FEUP) acolheu por estes dias uma recolha de bens promovida pela Direção da Faculdade e pela Associação de Estudantes da FEUP (AEFEUP).
Aqui na nossa Faculdade, a Associação de Estudantes da Faculdade de Direito (AEFDUP) e o Núcleo de Estudantes Católicos da FDUP (NEC FDUP) organizaram, em conjunto, nos dias 3 e 4 de março, uma recolha solidária de bens essenciais para enviar para a Ucrânia. Os bens terão sido, no dia 5, recolhidos e entregues no Largo da Lapa, onde foram carregados e expedidos. A mesma iniciativa foi também tomada pelo Grupo Académico da Universidade do Porto (GAFDUP), entre os dias 28 de fevereiro e 3 de março.
No geral, os grupos dizem terem ficado satisfeitos com a boa adesão que houve por parte dos estudantes e pela oportunidade de poderem ajudar aqueles que passam por uma situação única na História. Esta é a prova de que a Humanidade, como um todo, está e deve continuar cada vez mais unida, de que a formação de uma verdadeira comunidade internacional, livre de barreiras políticas, é possível e necessária e de que os problemas dos outros não nos são alheios. E, sobretudo, é a prova de que cada um pode fazer a diferença como verdadeiro cidadão do mundo.
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