Quatro gerações de mulheres partilham as suas experiências no Teatro
Inês Castro, 18 anos | Rita Cruz, 19 anos | Sara Ferreira, 36 anos | Isabel Marcolino, 66 anos
Assim como as idades, os percursos não podiam ser mais distintos: Inês é estudante de “Drama and Film Studies” na Lancaster University, Rita estuda Teatro na ESMAE, Sara é designer e Isabel é professora aposentada do Ensino Secundário.
Mas há algo que as une: a vontade de estar em Cena.
O que esperar do Teatro?
“Esperava encontrar alguma espécie de revelação de talento pessoal”, começa Sara com franqueza. Sabia, no entanto, que não seria fácil quebrar a barreira do medo da exposição inerente à prática teatral; porém, fez questão de avançar, convicta de que conseguiria conquistar esse obstáculo temido. Com certa surpresa, uma vez postos os pés na sala de ensaios, deparar-se-ia com algo bem mais complexo do que aquilo que achava que ia encontrar, revela: “encontrei um permanente confronto comigo mesma e, sobretudo, um confronto do meu eu e do meu ego em relação ao(s) outro(s)”.
Numa retrospetiva eloquente, Isabel conta-nos que foi nos últimos anos do liceu que conheceu os primeiros textos para Teatro. Nas aulas de Literatura – era então seu professor o poeta Albano Martins - ouvia que o Teatro estimulava a criatividade, melhorava a autoconfiança a as relações interpessoais. E era isso o que Isabel esperava. Isso e encontrar a liberdade que não existia na sociedade da altura, “porque até ao 25 de abril de 1974”, recorda, “tudo, tudo, era proibido”. O resultado da experiência foi “uma aprendizagem de vida e do coletivo” e “um complemento significativo para a formação escolar prática do ensino.”, afirma.
Já para Inês, o grupo de Teatro seria uma oportunidade de “aprender mais sobre a área” e divertir-se enquanto o fazia. E, pelos vistos, a aventura valeu a pena: “fez-me crescer a nível psicológico e ajudou a desenvolver a minha personalidade.”. Ressalva, ainda, que foi no grupo de Teatro que teve a oportunidade de conhecer “pessoas fantásticas” e “fantasticamente talentosas”.
Quanto a Rita, esperava ganhar confiança com o seu corpo e com o público: “O facto de estarmos em constante observação, vulneráveis, expostas todas as nossas qualidades e defeitos: esperava habituar-me a esta sensação.”, confessa. E, efetivamente, explorando e envolvendo-se no Teatro, admite ter conseguido desenvolver uma ligação mais forte e profunda com o seu corpo: “aliás, descobri-o, descobri como cuidar dele”, reforça. Algo que não esperava encontrar tão manifestamente e que surpreendeu, foi o “forte sentimento de camaradagem”, assim como a “comunicação constante entre as várias áreas cénicas” que verificou na construção do espetáculo; o que, descobriu, acaba por ser aquilo que o torna homogéneo.
Mas… como é que tudo começou?
Para Sara Ferreira, a aventura no Teatro teve início aos 34 anos, apesar de confessar “já sentir curiosidade há algum tempo”. Os vídeos humorísticos que partilhava num canal de Youtube, criado há três anos, chamaram a atenção de uma amiga, que decidiu pôr-lhe o desafio. E foi mesmo esse o “empurrão” que faltava. Através de uma pesquisa na internet, Sara encontrou a NAPALM. Começou por inscrever-se num Curso de Iniciação à Prática Teatral, mas rapidamente sentiria necessidade de procurar “algo mais intensivo” e acabou por integrar, em simultâneo, o Curso Livre de Teatro da ESMAE. Fruto dos ajustes necessários a uma realidade pandémica, de março a agosto, foi a vez de se contentar com uma dinâmica à distância na NAPALM, de Zoom e de “trabalhos feitos em vídeo”. No entanto, nada que conseguisse esmorecer a vontade de continuar: apesar de não integrar nenhum grupo de momento, Sara sublinha a intenção de regressar à NAPALM, se possível, “já em janeiro”.
Quanto a Isabel Marcolino, o contacto com o Teatro foi bem mais precoce, descreve-nos: “Quando era criança, por volta dos meus sete, oito anos, era habitual, semanalmente, passar Teatro na televisão - era na RTP, o único canal que havia nos anos 60. Os meus pais, que eram entusiastas de Teatro, não perdiam uma peça e os filhos, por arrasto, acabavam por ver. E eu gostava, gostava particularmente de Comédia, porque percebia melhor”. Conta-nos que quando via no ecrã Florbela Queirós, Raul Solnado, Camilo de Oliveira, Ivone Silva e tantos outros ícones, não resistia a imaginar-se no lugar deles. A dada altura, surgiria também a necessidade de não perder uma única emissão radiofónica, visto que os folhetins “serviam de tema para as conversas das meninas do liceu”; foram eles, recorda, “o primórdio do que a televisão glorificou com as telenovelas.”. Assim e “lentamente”, o Teatro foi entrando na vida de Isabel. O fascínio por esta forma de Arte fazia crescer o desejo de um dia a explorar além das apresentações do Teatro escolar, nas quais participava com entusiasmo. Apesar de bem certo este sonho, Isabel não viria a concretizá-lo em pleno, a não ser já em adulta, quando se inicia no Teatro amador no TEP – o Teatro Experimental do Porto. “O meu pai queria que sua filha estudasse e tirasse um curso superior não artístico. Portanto, foi o que fiz, afastei da cabeça as teatrices (termo usado por ele), e fiz o curso de Geografia na Faculdade de Letras da Universidade do Porto, que me levaria por 35 anos aos palcos da sala de aula”, explica. Ainda que levada dos palcos por excelência e por si especialmente acarinhados, Isabel jamais conseguiu expulsar “o bichinho da representação” e empenhou-se em explorar o tema através de livros técnicos. Mas não se ficou apenas por aí: “Sempre fui adepta da Educação Artística na escola pública e como, para mim, Educação e Teatro são conceitos que se complementam, resolvi formar um clube de Teatro na Escola Secundária Almeida Garrett [AGARRETeatro], onde era professora.” E justifica esta necessidade interventiva: “Afinal, práticas lúdicas e cénicas desenvolvidas a partir do Teatro são importantes ferramentas para o desenvolvimento cognitivo das crianças e jovens.”.
Já para Inês Castro, o caminho do Teatro foi uma descoberta relativamente recente. Integrou pela primeira vez um grupo aos 16 anos, o Clube de Teatro Sub-18 do Teatro Nacional São João. Contudo, à semelhança de Sara e Isabel, “o bichinho” já lá habitava há algum tempo: “Desde criança sempre tive um grande fascínio pelas artes performativas, principalmente pelo Teatro.” Hoje, Inês estuda no Reino Unido, empenhando-se em construir uma relação especial e duradoura com a arte dramática.
Em Rita Cruz, a luzinha da representação foi percetível desde muito cedo: “Eu sempre fui uma criança extrovertida e cómica, expressava-me muito com o corpo e falava com grande emotividade. Por esse motivo, os meus pais sentiram a necessidade de me envolver no Teatro.” Também ela admite sempre se ter sentido “motivada e atraída” pela arte de atuar e, como tal, em 2010, ingressa no grupo de Teatro Art’Imagem, na Quinta da Caverneira (Maia).Dando voz à paixão que crescia pelas Artes, em 2017, opta pelo curso de Produção Artística da Escola Soares dos Reis, na área da realização plástica do espetáculo. Mas o Teatro voltaria à cena da sua vida: em 2018, integra novamente um grupo, o da escola NAPALM (o mesmo de Sara), fazendo atualmente trabalhos de Cenografia e de assistência em espetáculos da mesma. Acima de tudo, Rita continua a aprofundar os seus dotes artísticos no segundo ano da licenciatura em Teatro, variante Cenografia, da ESMAE.
Experiências marcantes
Para Sara, revela-se difícil escolher apenas uma. Acaba por lhe surgir uma dinâmica de grupo realizada no ESMAE, chamada A Floresta: “Vendaram-me os olhos e eu tinha de ir ultrapassando fisicamente barreiras que, no caso, eram os corpos dos meus colegas. À medida que ia entrando nessa floresta era cada vez mais difícil ultrapassar as barreiras. A dada altura, tinha até de rastejar para encontrar caminhos alternativos através do toque”. A atividade foi de tal modo imersiva que, em dado momento, Sara sentiu que estava mesmo numa floresta: “os braços e as pernas dos meus colegas tornaram-se raízes e ramos e tudo era orgânico, moldável e maleável”. “Eu mesma fiquei com a sensação de que, por alguns minutos, deixara de ser pessoa. Éramos somente corpos, éramos apenas matéria viva em movimento.”, confessa. “Foi uma viagem brutal!”, conclui com entusiasmo.
Não sem alguma indecisão, Isabel destaca: “Em 2015, fiz um casting e fui selecionada para fazer parte da peça O fim das possibilidades, texto de Jean Pierre Sarrazac, e encenação de Nuno Carinhas/ Fernando Mora Ramos, numa co-produção entre o Teatro da Rainha e o Teatro Nacional S. João.” Apesar de “não ter um papel muito importante na peça”, a experiência foi marcante, porque pisar o palco de um Teatro Nacional não é todos os dias e, segundo Isabel, “uma honra e um desafio”. Para Isabel, “a cereja no topo do bolo” foi o encontro com Jean-Pierre Sarrazac, um nome que considera incontornável do Teatro contemporâneo e com quem teve a possibilidade de “trocar impressões”.
Com simplicidade, Inês diz-nos: “dos momentos mais marcantes que qualquer artista pode ter, são os momentos antes de subir ao palco, por causa do espírito de união que se sente no grupo.”
Rita considera que todas as experiências a marcaram de formas distintas, “pelas pessoas envolvidas, pelo tipo de espetáculo, pelo público, pelo projeto e criações desenvolvidas”. Porém, não deixa de referir a junção de todas as áreas cénicas na criação do espetáculo como algo verdadeiramente mágico e inspirador.
As outras valências artísticas
Mas os dotes artísticos de Sara não se resumem ao Teatro em sentido estrito. Uma série de outras atividades complementam a sua paixão que é o palco: “Faço Ballet desde os meus 4 anos. A única vez que parei foi precisamente para me dedicar ao Teatro e neste momento até voltei!”. Realça que o que sempre gostou mais na dança é o palco e a adrenalina que vem com ele, “a performance em si e a personagem que vestimos quando interpretamos determinada coreografia.” Mas Sara também diz adorar vídeo e criar personagens, “caricaturas”, fazer vozes, entre outras coisas, talentos que descobriu com o canal de Youtube. A opção pela arte dramática, afirma, permitiu-lhe combinar a ânsia de palco que sempre teve com a sua recente “descoberta no Youtube”.
Para Isabel, o ambiente familiar é, sem dúvida, um fator importante nas nossas escolhas, “é o modelo conhecido que nos pode tocar”. E a verdade é que os dotes artísticos já povoavam a sua família: “O meu pai foi aluno de pintura do Prof. Abel Salazar. Não era essa a sua profissão, mas era um artista.” Esse contacto com as artes plásticas, tornou-a mais criativa e interessada nessa atividade, apesar de não a ter desenvolvido, a não ser como um hobby. E como a veia artística é, de facto, forte e persistente, Isabel revela, divertida: “Curiosamente um dos meus filhos, o mais velho, é professor na Escola Artística Soares dos Reis e licenciado em Pintura pela Escola de Belas Artes do Porto. Sabe-se lá porquê?”.
No caso de Inês, o percurso no meio artístico começou cedo: não com o Teatro, mas com a Música. Aos 6 anos, ingressa na Academia de Música de Espinho, começando a tocar violino. “Acredito que a Música também me tenha incentivado a experimentar fazer Teatro, devido aos diversos projetos, nomeadamente de Teatro musical, em que participei ao longo dos anos.”, reflete.
Já Rita é uma artista multifacetada. Os interesses são tão variados que, tal como Sara, o investimento no Teatro acaba por ser algo estratégico. Na arte dramática viu a forma de contactar com várias artes numa só: “a possibilidade de me expressar com o corpo, as palavras, os figurinos, as imagens, a luz, o som, a arte plástica, a música. Com elas existe uma criação rica e completa”, salienta. Rita sempre sentiu necessidade de criar, daí ter sido impossível resistir ao “apelo das artes”. O seu primeiro contacto com esse mundo foi, tal como Inês, através da Música, quando ingressou no Conservatório de Música da Maia, onde tocou violino e participou no coro. E conta que foi “logo a seguir” que desenvolveu a sua paixão pelas artes visuais e plásticas, que acabou por aprofundar na Escola Artística Soares dos Reis, com a pintura, o desenho e a escultura têxtil. Não deixa de admitir, em tom sonhador, que, sendo uma apaixonada pelas artes em geral, o Teatro é o seu ‘Mundo Ideal’: “A vida é algo de bom que se desfruta ou desperdiça e eu pretendo desfrutá-la na área do Teatro”.
As transformações pós-Teatro
“Há uma Sara antes do Teatro e outra depois do Teatro”, afirma com segurança. “Por isso sim, sem dúvida, teve um fortíssimo impacto na minha vida, em várias frentes”, continua. Depois de um contacto próximo com a área da representação, diz ter mudado a sua forma de estar com o(s) outro(s): “Penso que desenvolvi a empatia e percebi verdadeiramente o que é um trabalho em equipa.” E esclarece: “Na vida real, mesmo quando trabalhamos em equipa, trabalhamos sobretudo individualmente, numa ilusão de grupo e de parceria. Ora, no Teatro isso é impossível. Chega a ser doloroso para o nosso ego o quanto dependemos do(s) outro(s).” Salienta também que o Teatro a lhe ensinou a importância do “estar aqui e agora” e que isso a ajudou a “dar mais valor às pequenas coisas do dia-a-dia, a pousar mais vezes o telemóvel e ignorá-lo durante umas horas.”. Outra coisa que mudou com Sara, à semelhança de Rita, foi a relação com o seu corpo e com o corpo do outro: “Nunca me considerei uma pessoa de toque e o Teatro obrigou-me a ultrapassar essa barreira”. E conclui: “De certa forma o Teatro representa para mim uma libertação de vários pudores e preconceitos, o que faz com que me sinta uma pessoa muito mais livre e melhor.”
Isabel remete para um currículo invejável, que passaria pelo Curso de Teatro da Escola Superior Artística do Porto (ESAP), permitindo-lhe lecionar a disciplina de Oficina de Teatro a alunos de 3º ciclo do Ensino Público. Na verdade,continua a pensar que atividades realizadas para além das do currículo normal que a Escola pratica, por exemplo, as atividades teatrais, são capazes de despertar nas pessoas novas habilidades, estimular a criatividade, melhorar a autoconfiança e as relações interpessoais e que isso tem reflexos diretos na aquisição de conhecimentos.
Já Inês, afirma que à medida que vai aprendendo mais sobre Teatro, a sua visão sobre as peças, enquanto espectadora, vai “mudando bastante”. E acredita: “Fazer Teatro também me fez ganhar confiança e ser mais extrovertida. Acima de tudo, ensinou-me a não ter medo de errar.”
“O Teatro é onde a minha alma se sente preenchida. Ele alimenta-a, alimenta a minha necessidade de criar, de construir, de comunicar, de expressar e de aprender”, declara Rita, genuína. Assume ainda que o Teatro mudou a sua forma de ver o mundo para uma “forma mais prática e criativa”, ajudando-a a “desenvolver e a adaptar” aquilo que a rodeia às suas necessidades.
O Teatro hoje
Quando questionada acerca da relevância do Teatro, Sara tem resposta pronta: “Muito relevante!”, e justifica: “Pensando na minha experiência pessoal, diria que todas as pessoas seriam melhores se pudessem experimentar algum tipo de prática teatral.”, fazendo uma proposta: “Algumas práticas deveriam fazer parte dos planos curriculares, como, por exemplo, faz parte a Educação Física. Há muitas pessoas que nunca tiveram acesso e nunca vão ter se não procurarem em adultas.” Continua defendendo um maior contacto, desde a escola, com a prática teatral. “A maioria das pessoas que experimenta estas dinâmicas gosta e descobre algo relevante sobre si e que a vai ajudar na sua vida pessoal.”, conclui. Segundo Sara, este seria um passo significativo no longo caminho que ainda há a fazer em Portugal.
Isabel partilha de opinião semelhante: “Num mundo como o de hoje, muito centrado nos computadores e na socialização através das redes sociais, a interação física torna-se cada vez mais rara.”Assistir a uma peça de Teatro é uma boa maneira de resgatar essa essência, defende. E deixa a nota: “É claro que o Teatro reflete o Homem do seu tempo, mas teve e continuará a ter um papel de intervenção social ao abordar dramas e conflitos, quer individuais quer coletivos.” Para captar o público jovem, Isabel entende, tal como
Sara, que o Teatro deveria ser introduzido na estrutura de ensino como área curricular.
Inês é apologista de que, apesar da “grande influência do Cinema” e do “fácil acesso a outros meios de entretenimento”, o Teatro ainda tem o seu lugar nos dias de hoje. Ele tem um papel fundamental na abertura de horizontes, obrigando-nos a ver as coisas de uma perspetiva diferente da nossa. Ao interpretar, diz Inês, desenvolve-se, entre outras competências, a capacidade de falar em público e de cativar o interlocutor. No que diz respeito a soluções para sustentar esta Arte em Portugal, Inês conclui, com voz crítica: “Cativar o público jovem é, sem dúvida, algo fundamental, mas também considero importante haver um maior apoio aos artistas e às escolas de arte.”.
Rita considera que o Teatro em Portugal não tem o impacto e destaque que devia, visto ser uma área de pouco investimento, que acaba por ter pouca visibilidade, especialmente no que diz respeito a companhias e projetos menores. “Por consequência, não existe o hábito do povo português de ir ao Teatro, a não ser que estejam em cena companhias grandes e comerciais.”, acrescenta. No entanto, frisa: “o Teatro não se resume a isso; não pode, o Teatro é muito mais”. Do mesmo modo, alerta para o facto de persistir o preconceito de que as peças de Teatro são criações “muito abstratas e contemporâneas”, cuja compreensão está reservada a pessoas com um certo tipo de inteligência. Neste sentido, para Rita, o caminho a fazer em Portugal revela-se bastante claro: “É necessário investir na Cultura, investir no Teatro e normalizar a ida ao mesmo.”. Este investimento deve ainda ser acompanhado da consciencialização da existência de todas as pessoas [os técnicos] que estão por detrás do palco, longe visibilidade do público, que, apesar de não obterem o reconhecimento que merecem, se revelam cruciais para que o espetáculo aconteça.
O Teatro aventura, o Teatro revolução, o Teatro transformador social. Acima de tudo, o Teatro libertador. Libertador de pudores, de frustrações, de pressas, de construções, de medos silenciados, de sonhos adiados.
As experiências de Sara, Isabel, Inês e Rita provam que o Teatro vive HOJE e, cada vez mais, na Cena principal.
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